segunda-feira, 29 de abril de 2024

»Labirinto Primordial»

 - rapidamente aceite a (recente) referência feita, no «Horas Extraord.as»,  a esta 1:ª Obra,  «vai-se» na p. 100;

RECORTE(s):

sexta-feira, 26 de abril de 2024

(Impossível) Anonimato («Os Memoráveis»)

 RECORTE(S):

[...] Um do nós disse em plena reunião. Companheiros, por mim, não se referirá mais a minha pessoa, quando se falar do assalto ao aeroporto. [...] O protagonista que em mim houve, morreu. A partir de agora, quem assaltou o Aeroporto de Lisboa, na noite de vinte e cinco, quem manteve o céu encerrado à aviação durante toda a operação? Foram todos, isto é, cinco mil. Quem assaltou a Rádio Televisão? Cinco mil. Quem dominou o Quartel-General, uma vez que não foste tu, nem ele, nem eu? Foram eles, os cinco mil.[...]

LídiaJorge, Os memoráveis (2014), 2024, p. 98 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

A madrugada (depois de Sophia)

A madrugada (depois de Sophia)

Veio sem mundo por vir.
Veio sem caução depois da noite velha.
Veio antes ou depois do pensamento, a parte animal
que lhe servia. Por dentro das casas
e nas ruas. Para não matar, os militares bebiam
o último litro de sangue das flores. Para não
matar, para inventar
a madrugada, quer dizer a violência de uma nudez.
Veio a espera dos corpos, quer dizer
a alegria. Veio a manhã solta
como malha na saia de uma rapariga.

                                                      Andreia Faria (em «Revolução já! Poesia Pública»)