quarta-feira, 26 de junho de 2024

«Noctilucente», de «Nocturama»; Luís Quintais

 - de recente livro de Quintais, com cerca de 94 poemas... 

NOCTILUCENTE

Nuvens brilham no escuro.
As mais raras, tão frequentes agora.
Fantasmas do hemisfério norte

deslocam-se para sul.
Estamos na sombra da terra.
Objectos atravessam a fronteira

invisível, que as latitudes não contêm.
São mais frequentes agora
que estamos na sombra da terra,

agora que estamos em Seattle,
em Uppsala, em Buryatia,
e medimos as concentrações

de metano,
e o apocalipse tem expressão
estatística.

Alguém anunciou
o fim do mundo
e foi apenas fim-de-semana,

um pandemónio de expectativa,
feroz espera. Mas estamos
na sombra da terra e as metáforas

são de vidro queimado.
Noctilucentes nuvens são vitrais.
A luz aflige-se na catedral.

                                  Luís Quintais, Nocturama, 2024, pp. 132-133

domingo, 23 de junho de 2024

«LIção de Geometria»; Ricardo Gil Soeiro

- livro com 48 poemas, todos intitulados «Lição (de)...» 

LIÇÃO DE GEOMETRIA

O sol arranha o que a brisa perdoa.
Versículos nocturnos quase sobrevivem.
Ei-los, ferrenhos astrolábios
despindo bizarros teoremas.
Aqui é o ninho do vértice
onde a véspera se despenha.
Mais além, numa aresta nua,
o compasso ergue sem malícia
um contrabando de possibilidades
contra a heresia dos sentidos. 
Tiramos as medidas ao inferno,
falhamos por pouco.
Talvez seja este 
o corolário do silêncio.
Laços líquidos:
forca em chamas onde se afogam
os mais belos engenhos forasteiros.  

                         Ricardo Gil Soeiro, Lições da miragem, 2024, p. 44

terça-feira, 18 de junho de 2024

2010-11: «Anti-Apaga-Apaga» II («Flagrantes»)

  - Exercício de «Recuperação» de muito do que, entre 2010 e 11, anos CONTENT.s, foi apagado desta(s) CASA(s), mas não do COMP.or, com nova «edição», mas mantendo a Listagem em 4 Secções:

- «Daniel Dixit»;

- «Flagrantes»;

- «Leituras»;

- «Outrora Agora»

 - Personário VIII, 25 – 01 – 2011 (Hoje. Pelas 10:15, na Tasca Contentorial)

 - A., «cliente» do ano passado - (de 10.º, naturalmente).  Nesse «longínquo» ano,  leitora de, entre outros, Aparição, de Vergílio Ferreira (ex.ar da irmã mais velha? de quando era «Obrigatório?»)

 Aproxima-se de D. e...
 
a) Recebe e ANOTA um título (sugestão)  «prometido» no ano passado - boa Memória;
 
b) do que diz, D. destaca: «Que saudades das aulas ANM do ano passado (....)

 - EX – PARAÍSO VII – MINA LUA

(Entre as 10:10 e as 11:00. Sobretudo na Tasca Contentorial)
 
(Foi um reencontro, mediado por Eli, amiga de Mina, desde o 11.º)
[... Diz que tem 22 anos. Recém-formada em Pintura, veio ao Novo Paraíso, também para mostrar as suas Ilustrações para a edição búlgara de  A abelhinha,  de Anatole France.  

Flagrantes, XI: O leitor faz-se aos...

 (Mesma turma. Cerca das 08:50. 13 – 01 - 2011)
 
D. perorava sobre Joana  Bértholo.
Da «esquina», M. N. «atalhou»: «Estou a ler um Diário dela».
Foi a vez de D. «atalhar»: Não é um Diário, é um Romance».
Novo «atalhe»: «É uma escrita que parece...».
E novo corte: «... a de uma artista  plástica!?»
 
(Moral 1: O romance  é: Diálogos para o fim do mundo (Caminho, 2010)  
(Moral 2: Quem disse que já não há Leitores?)
 (Um dos artigos críticos AQUI; outro ALI)

 14:00. Avenida. Tivoli. Fila, com várias idades e «farpelas».

                 Passa por D. um Invisual. Bengala, das antigas, articuladas, em riste. Em passo muito, muito ACELERADO. Só podia ser... Era. É. O Arménio (um dos 3 Invisuais da Turma A - 67 - 70). Aturdido, D. não o interceptou.

EX – PARAÍSO IV

 D. cruza-se com mais um EX-Qd.o do Velho Paraíso. Continua loiro e de olho azul, mas precocemente calvo (ih, ih, ih, D. , não), M. tem agora 29 anos. [...] vinha de Almada. D, a dado passo, disse-lhe que era então um «Tontinho Teimoso.» - típico TIQUE de «décimos crus». Aquiesceu, sorrindo, adulto.

Diz que se lembra de D., mas não do Nome (MAU).

 Fez Arquitectura e acrescenta «que está bem, que trabalha numa empresa de jogos de vídeo». Vá lá, diferente do «habitual». E que «ganha mais do que a mãe, agora Professora de História, há 6 anos» (UI, UI).


EX – PARAÍSO III – 15-12-2010

(Rua Nova do Almada,  Templo do Consumo); ( Cena 2, na fila do pagamento)-

Ex-funcionária da Secretaria, informa D. que ensina Filosofia... em S. Tomé. E diz que «tem que ser um dia de cada vez».

 ( na descida) -

- Reencontro com A., de há 3 anos. Determinada, foi sempre «em ascensão». Concretizou o sonho: Arquitectura, numa Pública. Meses volvidos, quer mudar para... ou para... ou para...Continua determinada. O «problema« não passará por aí.

 (da Cena 1, na subida, omite-se tudo; não houve contacto. Não podia haver? Fica a imagem de «uma gaivota à deriva, de púcaro na mão»)

- 13-12-2010 – EX-PARAÍSO

(Desta vez, foi na Rua Net...) -...Que D. retomou o contacto com L. F., Qd.a por duas vezes, no Velho Paraíso, surgiu «transfigurada» na segunda: reservada, como antes, mas com  surpreendente abertura «às Letras»...  Naquela turma foi tudo para Fotografia (o Mestre foi B. S.). L. F. também, numa Privada, mas «corrigiu»  para... Educadora de Infância.

Pelas Beiras anda, determinada, talvez não a Mudar o Mundo (já foi Tempo...), mas a dar o seu pequeno-grande contributo.

- EX-PARAÍSO – 10 – 12 - 2010

(Pascoal de Melo; 10:45) - como D. gosta de interceptar «Ex-».

C. ia pensativa. Enquanto a ouvia, D. buscava imagens. Tem agora 24 anos. Cilindrada por Bolonha, diz que «lhe falta o Mestrado», após uma licenciatura em «Design de Equipamento.»

Referiu o que se sabe: os colegas que não encontram como «aplicar» as formações artísticas que realizaram. No seu caso, o pai requisitou-a para a empresa, lá na cidade de origem. Menos mau.

 

ALMADA NEGREIROS - EX-PARAÍSO IX – 11 – 02 - 2011

(Ao portão da Aldeia. Pelas 14:30. Interceptado a caminho da Fotocópia.)

 O motivo principal da conversa foi (Judite) Nome de guerra, de Almada Negreiros - proposta para trabalho...(1)

Estão no Porto, a estudar «qualquer coisa» da Grande Dama-TEATRO. Vieram de Visita. São a S. e a R., - ex-, do décimo H, de 07-08 - uma «igual-diferente a tantas outras» - De S., D. relembra sobretudo as referências a leituras de Vergílio Ferreira, logo na 2.ª ou 3.ª semana - MARCA -; Agora, «tudo continua a correr bem», dizem. Conscientes do «mar de poucas rosas em que se meteram?». Sim, também assim parece a D.

 

- EX-PARAÍSO, X - 18-02-2011

(pelas 15:00; Chiado, junto à «Vista Alegre»)

 - Nem cresceu nem engordou. É  F. F. V., filho de músico e de mãe jovem; «problemático», mas, porque efectivamente vocacionado para as «Artes», lá superou.

Tinha lido todo o Livro do Desassosego, penso que aos 14 anos, e não se deixara «enlouquecer» pelo mesmo. Uma Figura (de altura baixa), até porque fazia um «Part-time» na livraria (e no bar) da Assírio & Alvin que existia no Cinema KING.; do décimo primeiro, em 2002-2003 e do décimo segundo, em 2003-2004.

Das vezes em que D. o reencontrou, ao sabor dos tempos: trabalho nocturno numa garagem... estudos (D. não se lembra onde...); ligação à «Zé-dos-Bois...; vida comum com S., de Palmela, dita «a Sobrinha» de D., que  «ADOÇOU» F. F. V.; exposição no estrangeiro (D. não se lembra onde..)...; 

Vinha: com enormes barbas, de Patriarca-Profeta; com amigo que levava bicicleta pela mão...

Interceptado, disse que: «ia para o ateliê ali perto»;  «fazia música, fotografia... ( o resto, que D. adivinhe..).»; «tudo bem entre ele e a S....»;

Adeus, D. É que «despachou» D. em «grande velocidade».

ACONTECE. Quem manda D. interceptar todo o «EX-AA» que passa a menos de 30 metros?

«Toma lá que já almoçaste», diria o PAI VELHO

(09-02-2011) Leituras ao vento da  PRAÇA CENTRAL – EX-PARAÍSO

(Hoje. Das 08:20 às 08:30. PRAÇA CENTRAL EXTERIOR DO ALDEAMENTO)

 MBV: Não quer ser nosso M.? [omite-se o resto]

D.: Se «os meus» me odeiam(...) [omite-se o resto]

MBP: Sabe que fiquei com os livros do meu avô [que ninguém queria] (...) que morreu antes de eu nascer (...) que foi um revolucionário (...) a minha mãe [omite-se o resto] [The best]

D.: Bom, agora vai... [o resto não se diz aqui]

MBV: Sabe, ando a ler Jorge Amado (...) Mar Morto [ «e o resto não se diz»]

MBP: Tenho que ir. - corre - ainda há quem corra na Ald

 

- Doutores e... engenheiras - Flagrantes, XV – 02-03-2011

 (Almoço já tardio. No STP., uma filial do «S. L. e AA» (Sport Lisboa e...). Nas Catacumbas, sempre, as «Elites AA, sempre avançadas, na idade, pelo menos)

 (D., com o seu longínquo passado duvidoso de 15, 15, anos de Hotelaria, mais os 20 anteriores, não perde «tais pratos»: (Treino Técnico da Observação, com décadas ...: 16 comensais. Um aniversariante. Chefe, mas Descapotável. UM SLB. Um Rapina? Um pequeno Figurão? Só duas das p. com menos de 45. Quadros dos SS. Conversa «mal - delambida». Todos eles Doutores. E já bebidos, não por elas. E Elas?)
(Os oficiantes são os Manos, D. e N. Ele e Ela. Psicologia e Filosofia. Pois, Queridos e Dignos, «trabalho é trabalho».
Como é que se pode servir tão barato?) 
(Saem, após o Murganheira e a Raquítica - e, acha D., tão próximo, SECA -  tarte de Amêndoa, que recebeu elogios de «Alta Pastelaria»)

 (Sala já vazia. D. perturba N, sempre Frenética, a voar sobre a Louça, neste caso)

 D.: Querida N. - (Não disse mas pensou, o Mesmo, segundo o PAI Velho) - De onde são Estes Doutores?

N.: Dos «SS».

D.: Ah, pois, aqui perto.

N.: (...)

D.: Vocês estão a Subir de Divisão.

N.: É para que veja o nosso nível.

D.: Ou é da Crise?

N.: (...)

D.: E elas são o quê? Por que é que não são Doutoras?

N.: (...) [Didascália: Sinais de Impaciência]

D: Vá lá, por que é que não são Doutoras?

N.: (despacha, género, «Não tens mais nada para fazer?)

- Porque são Engenheiras.

 D= «KO»

 (Adora estes pratinhos )

 (E tudo isto porque incluíram D. em várias fotografias?

Mas o que é que havia para fotografar?

 

EX – PARAÍSO, XIII- 11 – 05 - 2011

HORA: 11:40

LOCAL: uma das 400

 De repente, lá estava A. S. dentro da sala - como R. gosta destas invasões - visitas.

Finalista do 12.º Contentorial do ano passado, está em Londres, a estudar Cinema. Superou (-se). Disse, entre outras coisas, «que não precisa, mas que também arranjou um trabalhinho - o trivial - lavar pratos num restaurante»;já se encontrou com a V. A., amiga de Mina - é a TEIA «EX-AA».Informou que o D. F., um dos «o Filho» está,  por decisão «toda sua»,  no... País de Gales.

 - A. S. foi Qd.a de R. por duas vezes (10º e 11º). Mas hoje não lhe apetece «fintar» o passado, excepto:certo dia, a meio do décimo, A. S. veio dizer-lhe  que a mãe (Médica) considerara, pelas descrições, que o M. era ESQZFN.

Ainda hoje R. sorri de tal DIAG.

- 10 – 04 – 2011 - Isabela Figueiredo - Quase RETRATO

 - R. já não se recorda bem da última vez em que reencontrou I. A. S. Na B. N., seguramente. Talvez por 2001? 2? 3?. O falar e o rir eram os mesmos dos tempos da FAC, na U.N. Já então ambos mais velhos que o Curso. Mais 15 do lado de R ., mais 5, do lado de I.A.S.?

Vinha da «Outra Margem», com L.F.P. (também recentemente re-localizado - voz poética original que diz «não se querer promover»).

- andou pelo DN JOVEM, tornou-se uma prof. inevitavelmente diferente, regressou do «mais Sul» à sua Almada, crê R., antes D.

D. tem-na acompanhado virtualmente - no blogue, agora «Novo Mundo Perfeito» - e na obra, Caderno de Memórias Coloniais- a prosa é quase sempre representação do quotidiano - literariamente diarística, com um estilo «ÁCIDO SUAVE», formando núcleos e séries, mesmo quando parece «dispersar»-

 

- 27 – 03 – 2011

ALFAMA AUSTRÍACA? - POIS, CAFÉ –

Flagrante, XIX (Repescado da quinta-feira)

 Para D., que detesta «encarneirar», F. S. fora precisa: «ao fundo das Escadinhas do Quebra-Costas»

(com tal Topónimo, deve andar por aí uma história fantástica - a VER)

 (cedo chegou, para se deparar com um excelente Espaço: «Pois, Café»


a) Entrar. Observar - Desenhar - Diagnosticar: Patronato=Alemão, aliás, Austríaco

b) Consumir. Inevitável: apfelstrudel (dois)

c) Sair. Dar a volta, para ver a «zona de serviço» por fora.

d) Reentrar. Esperar pela disponibilidade da «robusta, vermelhusca Patroa?»

 Diálogo (entre dois «caixa d'óculos»):

D.: Onde é que foi buscar o Nome (...)?

P.: (a resposta que já se previa) Sabe, nos nossos primeiros tempos em Portugal, não entendíamos nada da Língua, mas «pois» era a palavra que mais vezes ouvíamos. Parecia servir para tudo. Logo, foi a primeira que fixámos. (inventou-se um pouco, a senhora já deve ter contado isto n+1 vezes...)

D: Tem a casa cheia de livros...

P.: (...) [D. já não se lembra da expressão-resposta-zero]

D.: Gosta de ler?

P.: Sim, mas como vê, deixei de ter tempo.

D.: POIS

P.: (...)

D.: Vou deixar-lhe o título do Romance portugiês onde mais vezes se «brinca» com «pois» [escreve, com caneta e «post-it» da Casa]

P.: Como é que sabe?

D.: Porque o li.

[despedidas, adeus]


- 25 – 03 – 2011

ALFAMA

- (nasce-se e vive-se em Lisboa; os anos passam; e foi preciso «acolitar» F. S. para se regressar a Alfama - por dentro do Casco); (assim, enquanto a maioria desenhava e a minoria do costume fazia as tristes figuras do costume, D. andava «em busca do tempo perdido»E, como há sempre um Flagrante, desta vez, terá sido assim:

 Ao fundo das Escadinhas de «...», estavam quatro jovens adultos, no «Biscate» dos Censos (unns Cobres, né?). Segundo testemunha credível (F. S:), «os olhos de um deles terão brilhado ao ver as Meninas e Meninos a desenhar». Segundo outras, também terá dito, à passagem do Tropel: «Destes, só dois ou três chegarão a Artistas».

O que terá ficado mais «abespinhado» foi F., O Fininho (que, de momento, caminha aos Tombos). Natural falta de poder de Encaixe (termo do Boxe).

D., que aproveitava para «estar na Lua», só apanhou a «ponta final», quando o tal Jovem Adulto se apresentou como «Licenciado no Meio pelas Caldas».

Pois. E anda nos Censos.


- 27 – 01 -2011

(Sophia, Corredores, Maias

 Quarta. A partir das 18:30. Abertura da Exposição-Mostra do Espólio de Sophia, entregue à B. N. 

04-12-2010

 - "Vou mandar já um «email» a Gabriel Garcia Marquez " - disse D. à serena e musical B. R., no final de um teste todo realizado com o cotovelo apoiado em Cem anos de solidão.

Diz que foi sugestão Materna.

Há dois meses que o transporta diariamente. Vai lendo como o tempo permite e resistiu a todos os avisos de D. («é demais para a fase actual» e outras bem intencionadas ...). Já há manchas, dobras e outras cicatrizes. Huuummmmm.

22 – 03- 2011

RETRATO X

Há dois anos, alguns dos Meninos e Meninas diziam: «GTT. para a Esquerda, GTT. para a Direita» Porque consegue ser Familiar, sendo a CHEFE.

É a Governanta, sobretudo «pau para toda a obra». A Central de Informações, também. Como é «rodas-baixas», acelera muito, a REMAR com os braços. Parece sempre em estado de Galo. Ou melhor, Garnizé. Mais Impaciente, crê D., do que Nervosa. Trabalho, trabalho, dores, dores. Muitas deve ter superado. Também educou ferozmente um J.. A doçura, acha D., veio com As Netas.

Já lá estava há muito, quando D. chegou em 92-93. Foi o primeiro ano, uma Sorte, no VELHO PARAÍSO - (chamava-se, então Ano Probatório ou Pós-Estágio). D. voltou em 96, para ficar. No ano da N. (agora nas Caldas). Grande Sorte. Dizia: «alguém estava distraído».

D. ainda era Tímido. Muito. Passava por distante e formal (que jeito dava). Acha que via a D.ª GTT. como ÁSPERA. Mas a visão foi mudando.

Era o 11.º de S. Como é que um P. tão formal andava aos beijos a um fruto tão fresco era motivo de especulação no Bunker G. Descansou, quando soube que era a Verdadeira Sobrinha. Ainda hoje D. se ri (Nos rimos) desse Equívoco.

 14 – 12 – 2010

RETRATO V

(Contentores)

 Hoje, de manhã, A. deixava-se fotografar por Meninas. Muito «natural», muito habituada. Já é uma Senhora, mas há nela algo de Infantil. Até no rosto, do tipo «bebé-chorão» ou «boneca de porcelana», sempre a rir. Pertence ao Corpo de Assistentes Operacionais (Pomposa Nomenclatura). No Verão de há dois anos, na Época de Exames, lá em cima, no Velho Paraíso, teve que fugir de uma «mochila voadora». Tem crescido, sim, senhora. D., que também é uma Criança, acha que tem contribuído. Presunçoso, D.

 - 01 – 12 – 2010

RETRATO II

(Outro pilar contentoral) -

Guardiã, também. Galega, por Origem, já leu «Trabalhos e paixões de Benito Prada», de F. A. P. - já então em saldo nesse estéril território de (in)culturas - não me lembro da conversa de então -.

(Em aparte, um abraço para M., neta brilhante de F. A. P., «temporariamente nossa.»).

T. ALVZ. apresenta excelente disposição. Atroa e abraça. Em cenário acabrunhante, faz a diferença. Nada acanhada, usa com Nobreza os proeminentes atributos feminis. Que o digam as Meninas que sob «Elas» têm chorado. Ou rido, que ao mesmo vai dar.

 - 01-12-2010

RETRATO I

(Ao portão, as manhãs são dele) -

Às vezes D. pensa que veio com o «pacote» de Contentores. É o «senhor E.». Entroncado mas não Monolítico. D. viu logo - como, não perguntem - que não era um profissional do ramo. Teve que ser. A Vida, os rumos, os atalhos. Sentindo-o sólido, nos primeiros tempos de «integração», alguns Infantes acolhem-se sob a sua Asa. Depois, afastam-se. Porque será? 

segunda-feira, 3 de junho de 2024

2010-11 - «Anti-Apaga-Apaga» I («Daniel Dixit»)

 - Exercício de «Recuperação» de muito do que, entre 2010 e 11, anos CONTENT.s, foi apagado desta(s) CASA(s), mas não do COMP.or, com nova «edição», mas mantendo a Listagem em 4 Secções:

- «Daniel Dixit»;

- «Flagrantes»;

- «Leituras»;

- «Outrora Agora»

Sábado, 4 de Dezembro de 2010

 Queques... ou Personário II

(Ontem à noite) -

General Z. diz para D.: Lembras-te de, quando estava grávida do J.,  teres aparecido, às duas da manhã, com «um grande amigo», que tinhas reencontrado nos transportes (???), quando, devido à Insónia, eu estava a fazer queques, que comemos pela madrugada fora? (...?)

Z. não o descreve mais. E D. não pára, desde então de «dar voltas». Em vão.

 MORAL:  bem dizia P. M.: «não se esqueçam que escrever Diário faz bem à saúde.»

 Publicada por Jocardo em 11:45

Etiquetas: Daniel dixit

Domingo, 12 de Dezembro de 2010

 Personário VII

 (manhã de domingo; chove)

 Em vez de ginásio (não há Verba), trabalho de «homem-a-dias», que vai dar ao mesmo. D. limpou bancadas, cadeiras, vidros, lavou chão.

 O chão é conquista própria, acrescente-se. Neste minúsculo espaço, General Z. a «ex- agrícola», agricultou a formação de J.;                 

Publicada por Jocardo em 15:08

Etiquetas: Daniel dixit

 ECOCARDOS II (21 – 12 – 2010) Hora do almoço)

 L. M., a «PSI»,  filou D. com uma clarividente análise. D. não a consegue reproduzir, até porque se alongou, mas segue-se a Súmula: «De tão sintético e anónimo, ao semeares tantas iniciais, tendes para o vazio, o desaparecimento. De tão enigmático, tornas-te incompreensível»  [D. ficou «varado».]

 (Sexta, 17 – 12 – 2010) ) RESCALDO

  conversas respigadas, na Tasca Contentor.:

  a) - A. R. anda a ler Cartas a Sandra, de Vergílio Ferreira; parece que se aguenta.

 b) - D. diz que «comprou Pensar, e que já dele leu 10 páginas»; (R., em frente,  soprou: «e  percebeste alguma coisa?»). Tadito de D.; levou «à Letra» a sugestão de D. Sobreviverá?

c) - V. pediu uma sugestão. E D., em vez da resposta habitual (Mia Couto, naturalmente), retorquiu: «Contos», de Vergílio Ferreira.

 ECOCARDOS I – 11-12-2010

 - 26 -11;  E. ( a mentora): «(...) vou colocá-lo em «Institucional» (... )

 - 28 - 11;   - Daniel, o Verdadeiro, o Filho: «Achego nada. Textos próprios e outras, como bem os caracterizas, ser-te-iam a mais expressiva forma de ser. Ficares-te pela levantamento da Língua Portuguesa e seus contingentes usos decertados faz sentido pouco, ou quase nenhum.»

 - 09 - 12; - J. S.: Apresento-vos Jocardo. Autor-mistério. Feito de fragmentos para os "Meninos", de solilóquios, em jeito de crónica. Também não faltam excertos de bons autores. Vamos segui-lo para não nos perdermos

 - 10 - 12; - N. M. : «(...) sóbrio, humorístico, bem à medida do próprio (...)

 - 11 - 12;  - A. M.: «(...) espaço público para círculos privados (...)

 Está Fresco]

 (AUTÓGRAFO de A. L. A.) – 08 – 12 – 2010

 (há que anos...) ( ... e calhou hoje.

 Lá foi D. à «sessão de autógrafos» (de «Sôbolos rios...) Demorada, afável.

À  frente dele, um senhor J. F. que era pai de outro J. F.  - DISC. de há cerca de 15 anos e Ilustrador já bem destacado -. Falavam, em trocadilho, da «Ordem natural das  coisas» [...]

 António Lobo Antunes foi muito agradável, sobretudo «com» a primeira edição de Memória de elefante (Vega, que disse não ter, à editora ao seu lado, e de que gabou o excelente estado  de conservação); também perguntou a D. «quantos livros este tinha»...; nesses  idos de 79-80, D. leu-o  devagar, muito devagar...

 PERSONÁRIO I

29-11-2010

(Manhã fria e chuvosa no Contentor)
Mais um «A noite e o riso», de Nuno Bragança - saldam-se os restos da edição anterior? - Inventado prémio de «determinação» para M.
 Que será feito da outra Menina (H. de C. 94, 95, 96?) que terá mudado de área (de rumo?) por causa da leitura DESTE LIVRO?

 28-01-2011

 (Gulbenkian, Auditório 2. Das 14:30 às 16:15)

 Só foi possível assistir a 4 Comunicações. As de Fernando J. B.Martinho, Gustavo Rubim, Anna Klobucka e Antonio Tabucchi.

 Deste último: «Só a Palavra permite sair do Labirinto. De qualquer Labirinto»

(Antes: - D. «meteu-se» com o senhor António, suponho. Foi da Rua da Misericórdia (Outrora «do Mundo») para o «Comes» da GULB.. Diz «que já lá está há 28 anos»;  de sorriso subitamente aberto, comentou «que fora uma grande Escola». Perguntou a D. «se tinha sido cliente». Que não, «que era Menino de S. Paulo». Não deu para mais. Talvez em próxima 

 - 18-03 - 2011  - «Moby Dick»

 [...] João Tordo comenta que [o primeiro parágrafo de Moby Dick] « surge uma vez a cada 100 anos de literatura.»

D. não se lembra de haver livros nas Casas da Infância - Pai com  a «antiga 4.ª classe», feita em meio rural, Mãe que «não sabia ler nem escrever» -

 D. também já não se lembra (há que perguntar à C.) quando foi feita a mudança da «casa do Quintal» (2.º ou 3.º andar ?, n.º 13 ?) nas encostas da Bica - Calçada Salvador Correia de Sá - parte de casa, alugada ao velho locatário, um beirão, sr. Albano - talvez antes dos seis, talvez...

 D, poucas imagens retem da segunda casa, agora alugada para a família, talvez também 2.º ou 3.º andar, no n.º 13, da Calçada da Bica Grande, com belíssima vista para o Tejo - duma «varanda-gávea» -

 - para a de São Paulo, n.º 232, 3.º andar, juntinha ao Ascensor - D. lembra-se que ocorreu pelos nove anos, ... do primeiro dia, lembra-se da cama no quarto, enorme, com varanda e, talvez por isso, não tivesse quarto só para si, nas casas anteriores,  talvez-

 D. lembra-se que, das gavetas das mesas de cabeceira dum quarto interior, surgiram três livros, três: Mário, de Silva Gaio; Os meus amores, de Trindade Coelho, e Coração, de Edmundo de Amicis - edições, capas, cheiros diferentes entre eles -

 Moby Dick aparecerá como prenda (do tio, por afinidade, A.?)  num Natal próximo, acompanhado pela Ilha do Tesouro, de Stevenson, e Branca de Neve e os 7 anões - em edições ilustrradas, da Verbo, para Jovens - esses com cheiro de papel novo

 Foram os primeiros - todos eles serão relidos vezes e vezes sem conta -

 D. reconhece bem aquele parágrafo de Moby Dick (...);

 14-03-2011 – Teolinda Gersão

da obra desta excelente - e superiormente discreta - escritora, D. acha que «tem quase tudo»)

(de tempo a tempo, D. egressa a páginas da primeira ficção publicada: O silêncio, 1.ª ed: 1981 - «revelação-calma» para  fases de muita leitura, entre cursos interrompidos, «trabalhos manuais», (in)decisões... que o seu caminho faziam

  - PERSONÁRIO XVI -Balancete, I – 14 -03 - 2011

 (o Balancete é, por natureza, parcial e provisório)

 A) o que ficou para «trás» [CONTENT.es...]

 a.1)     janelas com grades

a.2.)   «tectos baixos e de neblina» (a partir de verso de Cesário Verde)

a.3.)   «império» do plástico - material «contaminante», como se sabe, muito «mal-cheiroso», quando se começava à tarde...

a.4.)   um D. que, por vezes, já não sabia como controlar o Outro D.

a.5.)   a província, no seu melhor: a «quintarola» do lado...

a.6)    aves pouco canoras

B) o que surge «pela frente»:

 b.1.)   Átrio GTT. - o espaço social de «eleição» de D. - ainda reduzido

b.2.)   corredores, corredores, corredores, para deambular

b.3.)   ressonâncias iguais-diferentes

b.4.)   cheiro a novo, mas que será de «curta aspiração»

b.5.)   materiais leves - MAS: pisos de MADEIRA - ALELUIA - na ALA NOBRE

 PERSONÁRIO XV - NOVO PARAÍSO14 – 03 - 2011 

«Outro de Mim já aqui esteve»

 (A verdade é: quem não iria predisposto para o contentamento?)

 (durante um tempo indeterminado, que «publicado» não pode ser...

 ....D. pôs a correr duas estruturas em «camadas»):

 A) a do anfiteatro Artificial - Natural:

a.1)  - vários níveis de Estaleiros, por «dentro» e pelo «verso» vistos;

a.2) - as ovelhinhas curraleiras e o aldeamento - com a visão «liliputiana»: como pôde tanto Pobre de Cristo ali caber?;

a.3) -mais longe, após o «Jardim das Tabuletas» (expressão do PAI VELHO, aí «morador»), o rio,

tal como em Os Maias: «uma estreita tira de água e monte que se avista(va)» (p. 12, da edição de 2006 da Livros do Brasil)

B) a Arqueológica:

 em vários níveis da Memória - só para uso Íntimo -  sintetizada, perante alguma perplexidade do público, na frase («Pessoana, como todas»): 

«Outro de Mim já aqui esteve»

 - MAPA do PÓS-MEIO DIA – 03 – 04 - 2011

 (meio do dia; Ana Eus desceu de A. a visitar o Palácio, por onde andou há mais de uma década - saudades de Lisboa, tantas)

 (almçoco com R., o cicerone, na GJ - na rua  - a Menina estava em «bloqueio pedestre» - cansada, sobretudo de tão a sério levar a «mais desprezada profissão do Mundo», pensa R.)

 (é altura de retomar aquilo que referiu; o (a) Anjo PM velará nos Baixos e nas Alturas)

 26 – 04 – 2011

MAPA DO DIA - Personário, XIX + EX - PARAÍSO, XIII

 10:00 - olhos sobre uma das últimas «Oficinas» - «brincadeira» de 7.º ano para «desanuviar» 10,º

- drama: um vestígio de crença (na Palavra) «aflora» no que a V. escreve, a partir das palavras de Mia, na história da «criança não mecânica» - é dela, a frase, muito sugestiva, no parágrafo-desfecho-epílogo: «tornou-se um mecânico da não palavra»

 [sem o saber, provavelmente, tem razão na Imagem da Escrita como Mecânica = harmonia de  múltiplas rodas, peças, engrenagens - ver em Álvaro de Campos, por exemplo, ou no «Chaplinesco»  «Tempos Modernos», onde, precisamente, não há palavras, só a «engrenagem descontrolada»]

 - vinda de meios «tão deprimidos», culturalmente, entenda-se, que pode um simples M. fazer?

 14:50 - Moscavide. Aldeia. Consulta com o doutor X. G.

-15:45 - Centro V. G. - permanente Feriado - R. intercepta «X» - cliente de 11.º, em D. de C. , de há 2 anos - «rodas-baixas» + perfil da Maioria - R. perguntou-lhe «por que é que desaparecera» - andava a «melhorar ou a fazer disciplina pendurada», tanto faz - disse que há «dois meses trabalhava ali, num Restaurante», mas que «já apanhara algo no estômago, devido à comida que davam ao pessoal». R., que andou 15 anos por essa «Vida Real», não se espantou, naturalmente: S., rodrigues sampaio, por 75,76,77, a ementa mais frequente era: SOPA; «ossos no forno». Mas, vinho, «à descrição»]

 «SILÊNCIO A LER» – 04 – 05 2011 - (Terceira edição da iniciativa)

 R., Menino que vive de Ler, desde menino, trouxe 3 obras, de que «leu»  1/2 página de cada:

 - Franz Kafka, Carta ao pai, tradução de João Barrento;

 - Nuno Júdice, O complexo de Sagitário, última «prosa» do autor, iniciado na  Z., entretanto interrompido, e que exige «extensiva e intensiva  disponibilidade»;

 - Mário de Carvalho, O homem do turbante verde - e outras histórias Contos, saído em Março - a referir em próxima «inserção»

Do lado dos Qd.s, só duas escolhas a relevar:

 - Gonzalo Torrente Ballester, Crónica do rei pasmado - novela histórico-satírica, trazido pela A. M. do Bloco «Y»

- Pablo Neruda, Confesso que vivi - trazido pela M. A., do bloco «Z» - só J. L.  sabia o título do «famoso filme» - «premiado» com uma apresentação oral - 

 - Nota «artística»:

a dona E. - a «Eco- AO», a do Retrato VIII - tinha aberto em cima da Mesa-Fronteira- do Piso 400 a Obra aberta, de Umberto Eco.

Brilhante.

ECO-Cardos, VII   -  08 – 05 – 2011

(repescado de quinta; corredor 400)

 (sempre em acelerado regresso à Infância -  R. andou a «fazer macacadas» pelo corredor - «vai despedido não tarda»;

tudo isso porque a «clique desenhista» do lado tinha cumprido: os Meninos traziam carrinhos, as Meninas, bonecos, as;

- (já em intervalo, M. - novo-paRAÍSO PROMETEDOR - REPETIU-LHE:- «o p. É UMA personagem» ; (não devia ser, com tanto A. por lá) (mas que é  bonito, é, o elogio, claro; então vindo de quem rezinga enquanto R., por dentro, sorri)

 Manuel da Fonseca - «A Harpa» + PERSONÁRIO, XXII  - 23 – 05- 2011

 (Foram várias as Feiras do L. , em que R. se aproximou de M. da F., pedindo-lhe autógrafos para a, então jovem, General Z. Liam-nos em conjunto. De Santiago a Odemira, nem um pulo, se calhar.) ; (R. pensa que dele possui quase tudo. Mas estarão há muito na Casa de S. A. da C.?...)

 08 – 05 – 2011 – Lisboa, I

 (aos domingos de manhã, no País de Cardoso Pires,  concilia os «mais recentes lisboetas» com os mais antigos; a eslava que grita ao telefone na vetusta cabina; a velha que não apanha  a Poia canídea; as chinesas das lojas que também já não vendem; os que dançam com as vogais, em colorido e sabor; professores solitários que tentam disfarçar o «verdete» pelas esplanadas)

 11:30 - após a «doméstica» na A. R., lá foi R. «dar andamento» ao olhar - o  Jardim Constantino foi reabilitado, numa tentativa de o «devolver às Crianças e ao Povo» - tem um quiosque e uma esplanada, que até funcionam

 - mas a visão de tanto lixo e o intenso cheiro álacre - do MJ, naturalmente, e ainda só se vai em Maio - impedem qualquer permanência mais demorada

 - Manuel  Gusmão, Poema ao sábado, IV + Personário, XXI – 30 – 04 - 2011

 (é o quarto poema da secção, no  suplemento P2, do Público;  desta vez, um inédito de Manuel Gusmão)

 (durante o Feliz biénio-triénio de 2002 a 2005, R. pôde observar M. G. - figura física muito fragilizada -, sobretudo enquanto almoçava na FAC, II; nunca lhe «chegou à fala»; passou a admirá-lo ainda mais pelo que dele dizia P. M., sua amiga; grande professor, ensaísta e poeta - superlativo em tudo;)

 (em 2006-2007, no VELHO PARAÍSO, R. teve o privilégio de ser M. de uma filha de M. G., S. G., num 12.º, de «R. P. E.», onde pontificava um leque alargado de «despachadas e desassombradas Meninas» - C. I. e A. M. subscrevem.

 Transcrição:

 Paisagem com mar


Vinda de um fundo espesso e incompreensível

a lua pulsa como um coração negro pintado

A cada pulsação avança no écran da noite

até chegar a sobrevoar a esplendente superfície do mar

que assim finalmente entra em palco

 

Um milhão de fogos cintilantes e frios iluminam 

essa cena – uma massiva queda de estrelas

que a mesma lua projecta

sobre a memória das grandes ondas oceânica

 

Há depois um daqueles instantes

em que uma veloz cadeia de coincidências antecipa

para ti a leve e inconsequente saudação da morte:

A lua transforma as vagas nuvens que por baixo dela navegam

nos cumes nevados de grandes montanhas pálidas –

pedra branca e cinza – Uma neve

que irradiasse uma neblina azulada

 

Como se a lua, ecoando a terra

nos céus imitasse uma paisagem terrestre

 

                                    Manuel Gusmão [...]

in Público, P2, 30-04-2011, p. 9

 

MAPA DO DIA + EX - PARAÍSO, XV, XVI – 27 – 05 - 2011

 - São 13: 15 - os Meninos e as Meninas estão com Mestres F. S. e E. G. Ocupados e em «excelentes  mãos CERÂMIDAS». UFFF!

 - 10: 15 - À esquina, encontro com Menina de Ourivesaria, de há três anos; vizinha do bairro, frequenta Filosofia, na Clássica. Sobrinha-neta de Arist. P., líder histórico cabo-verdiano.

 - 11: 15 - Átrio GTT.

- Dona GTT fala enlevadamente com um lindo «EX-PARAÍSO» - de fatinho e gravata, embora com marcas de muito uso; R. passou e perguntou. O Menino respondeu que «já saíra há cinco anos».

 R: «Ó Dona GTT., a falar com um Menino tão lindinho...»

 Dona G.: [Didascália. «DERRETIDA»]. Foi nosso [...]

 R.: Já indaguei. Que faz a agora?

 Dona G.: Acho que é técnico - comercial de uma empresa de Fotocopiadoras.