segunda-feira, 3 de junho de 2024

2010-11 - «Anti-Apaga-Apaga» I («Daniel Dixit»)

 - Exercício de «Recuperação» de muito do que, entre 2010 e 11, anos CONTENT.s, foi apagado desta(s) CASA(s), mas não do COMP.or, com nova «edição», mas mantendo a Listagem em 4 Secções:

- «Daniel Dixit»;

- «Flagrantes»;

- «Leituras»;

- «Outrora Agora»

Sábado, 4 de Dezembro de 2010

 Queques... ou Personário II

(Ontem à noite) -

General Z. diz para D.: Lembras-te de, quando estava grávida do J.,  teres aparecido, às duas da manhã, com «um grande amigo», que tinhas reencontrado nos transportes (???), quando, devido à Insónia, eu estava a fazer queques, que comemos pela madrugada fora? (...?)

Z. não o descreve mais. E D. não pára, desde então de «dar voltas». Em vão.

 MORAL:  bem dizia P. M.: «não se esqueçam que escrever Diário faz bem à saúde.»

 Publicada por Jocardo em 11:45

Etiquetas: Daniel dixit

Domingo, 12 de Dezembro de 2010

 Personário VII

 (manhã de domingo; chove)

 Em vez de ginásio (não há Verba), trabalho de «homem-a-dias», que vai dar ao mesmo. D. limpou bancadas, cadeiras, vidros, lavou chão.

 O chão é conquista própria, acrescente-se. Neste minúsculo espaço, General Z. a «ex- agrícola», agricultou a formação de J.;                 

Publicada por Jocardo em 15:08

Etiquetas: Daniel dixit

 ECOCARDOS II (21 – 12 – 2010) Hora do almoço)

 L. M., a «PSI»,  filou D. com uma clarividente análise. D. não a consegue reproduzir, até porque se alongou, mas segue-se a Súmula: «De tão sintético e anónimo, ao semeares tantas iniciais, tendes para o vazio, o desaparecimento. De tão enigmático, tornas-te incompreensível»  [D. ficou «varado».]

 (Sexta, 17 – 12 – 2010) ) RESCALDO

  conversas respigadas, na Tasca Contentor.:

  a) - A. R. anda a ler Cartas a Sandra, de Vergílio Ferreira; parece que se aguenta.

 b) - D. diz que «comprou Pensar, e que já dele leu 10 páginas»; (R., em frente,  soprou: «e  percebeste alguma coisa?»). Tadito de D.; levou «à Letra» a sugestão de D. Sobreviverá?

c) - V. pediu uma sugestão. E D., em vez da resposta habitual (Mia Couto, naturalmente), retorquiu: «Contos», de Vergílio Ferreira.

 ECOCARDOS I – 11-12-2010

 - 26 -11;  E. ( a mentora): «(...) vou colocá-lo em «Institucional» (... )

 - 28 - 11;   - Daniel, o Verdadeiro, o Filho: «Achego nada. Textos próprios e outras, como bem os caracterizas, ser-te-iam a mais expressiva forma de ser. Ficares-te pela levantamento da Língua Portuguesa e seus contingentes usos decertados faz sentido pouco, ou quase nenhum.»

 - 09 - 12; - J. S.: Apresento-vos Jocardo. Autor-mistério. Feito de fragmentos para os "Meninos", de solilóquios, em jeito de crónica. Também não faltam excertos de bons autores. Vamos segui-lo para não nos perdermos

 - 10 - 12; - N. M. : «(...) sóbrio, humorístico, bem à medida do próprio (...)

 - 11 - 12;  - A. M.: «(...) espaço público para círculos privados (...)

 Está Fresco]

 (AUTÓGRAFO de A. L. A.) – 08 – 12 – 2010

 (há que anos...) ( ... e calhou hoje.

 Lá foi D. à «sessão de autógrafos» (de «Sôbolos rios...) Demorada, afável.

À  frente dele, um senhor J. F. que era pai de outro J. F.  - DISC. de há cerca de 15 anos e Ilustrador já bem destacado -. Falavam, em trocadilho, da «Ordem natural das  coisas» [...]

 António Lobo Antunes foi muito agradável, sobretudo «com» a primeira edição de Memória de elefante (Vega, que disse não ter, à editora ao seu lado, e de que gabou o excelente estado  de conservação); também perguntou a D. «quantos livros este tinha»...; nesses  idos de 79-80, D. leu-o  devagar, muito devagar...

 PERSONÁRIO I

29-11-2010

(Manhã fria e chuvosa no Contentor)
Mais um «A noite e o riso», de Nuno Bragança - saldam-se os restos da edição anterior? - Inventado prémio de «determinação» para M.
 Que será feito da outra Menina (H. de C. 94, 95, 96?) que terá mudado de área (de rumo?) por causa da leitura DESTE LIVRO?

 28-01-2011

 (Gulbenkian, Auditório 2. Das 14:30 às 16:15)

 Só foi possível assistir a 4 Comunicações. As de Fernando J. B.Martinho, Gustavo Rubim, Anna Klobucka e Antonio Tabucchi.

 Deste último: «Só a Palavra permite sair do Labirinto. De qualquer Labirinto»

(Antes: - D. «meteu-se» com o senhor António, suponho. Foi da Rua da Misericórdia (Outrora «do Mundo») para o «Comes» da GULB.. Diz «que já lá está há 28 anos»;  de sorriso subitamente aberto, comentou «que fora uma grande Escola». Perguntou a D. «se tinha sido cliente». Que não, «que era Menino de S. Paulo». Não deu para mais. Talvez em próxima 

 - 18-03 - 2011  - «Moby Dick»

 [...] João Tordo comenta que [o primeiro parágrafo de Moby Dick] « surge uma vez a cada 100 anos de literatura.»

D. não se lembra de haver livros nas Casas da Infância - Pai com  a «antiga 4.ª classe», feita em meio rural, Mãe que «não sabia ler nem escrever» -

 D. também já não se lembra (há que perguntar à C.) quando foi feita a mudança da «casa do Quintal» (2.º ou 3.º andar ?, n.º 13 ?) nas encostas da Bica - Calçada Salvador Correia de Sá - parte de casa, alugada ao velho locatário, um beirão, sr. Albano - talvez antes dos seis, talvez...

 D, poucas imagens retem da segunda casa, agora alugada para a família, talvez também 2.º ou 3.º andar, no n.º 13, da Calçada da Bica Grande, com belíssima vista para o Tejo - duma «varanda-gávea» -

 - para a de São Paulo, n.º 232, 3.º andar, juntinha ao Ascensor - D. lembra-se que ocorreu pelos nove anos, ... do primeiro dia, lembra-se da cama no quarto, enorme, com varanda e, talvez por isso, não tivesse quarto só para si, nas casas anteriores,  talvez-

 D. lembra-se que, das gavetas das mesas de cabeceira dum quarto interior, surgiram três livros, três: Mário, de Silva Gaio; Os meus amores, de Trindade Coelho, e Coração, de Edmundo de Amicis - edições, capas, cheiros diferentes entre eles -

 Moby Dick aparecerá como prenda (do tio, por afinidade, A.?)  num Natal próximo, acompanhado pela Ilha do Tesouro, de Stevenson, e Branca de Neve e os 7 anões - em edições ilustrradas, da Verbo, para Jovens - esses com cheiro de papel novo

 Foram os primeiros - todos eles serão relidos vezes e vezes sem conta -

 D. reconhece bem aquele parágrafo de Moby Dick (...);

 14-03-2011 – Teolinda Gersão

da obra desta excelente - e superiormente discreta - escritora, D. acha que «tem quase tudo»)

(de tempo a tempo, D. egressa a páginas da primeira ficção publicada: O silêncio, 1.ª ed: 1981 - «revelação-calma» para  fases de muita leitura, entre cursos interrompidos, «trabalhos manuais», (in)decisões... que o seu caminho faziam

  - PERSONÁRIO XVI -Balancete, I – 14 -03 - 2011

 (o Balancete é, por natureza, parcial e provisório)

 A) o que ficou para «trás» [CONTENT.es...]

 a.1)     janelas com grades

a.2.)   «tectos baixos e de neblina» (a partir de verso de Cesário Verde)

a.3.)   «império» do plástico - material «contaminante», como se sabe, muito «mal-cheiroso», quando se começava à tarde...

a.4.)   um D. que, por vezes, já não sabia como controlar o Outro D.

a.5.)   a província, no seu melhor: a «quintarola» do lado...

a.6)    aves pouco canoras

B) o que surge «pela frente»:

 b.1.)   Átrio GTT. - o espaço social de «eleição» de D. - ainda reduzido

b.2.)   corredores, corredores, corredores, para deambular

b.3.)   ressonâncias iguais-diferentes

b.4.)   cheiro a novo, mas que será de «curta aspiração»

b.5.)   materiais leves - MAS: pisos de MADEIRA - ALELUIA - na ALA NOBRE

 PERSONÁRIO XV - NOVO PARAÍSO14 – 03 - 2011 

«Outro de Mim já aqui esteve»

 (A verdade é: quem não iria predisposto para o contentamento?)

 (durante um tempo indeterminado, que «publicado» não pode ser...

 ....D. pôs a correr duas estruturas em «camadas»):

 A) a do anfiteatro Artificial - Natural:

a.1)  - vários níveis de Estaleiros, por «dentro» e pelo «verso» vistos;

a.2) - as ovelhinhas curraleiras e o aldeamento - com a visão «liliputiana»: como pôde tanto Pobre de Cristo ali caber?;

a.3) -mais longe, após o «Jardim das Tabuletas» (expressão do PAI VELHO, aí «morador»), o rio,

tal como em Os Maias: «uma estreita tira de água e monte que se avista(va)» (p. 12, da edição de 2006 da Livros do Brasil)

B) a Arqueológica:

 em vários níveis da Memória - só para uso Íntimo -  sintetizada, perante alguma perplexidade do público, na frase («Pessoana, como todas»): 

«Outro de Mim já aqui esteve»

 - MAPA do PÓS-MEIO DIA – 03 – 04 - 2011

 (meio do dia; Ana Eus desceu de A. a visitar o Palácio, por onde andou há mais de uma década - saudades de Lisboa, tantas)

 (almçoco com R., o cicerone, na GJ - na rua  - a Menina estava em «bloqueio pedestre» - cansada, sobretudo de tão a sério levar a «mais desprezada profissão do Mundo», pensa R.)

 (é altura de retomar aquilo que referiu; o (a) Anjo PM velará nos Baixos e nas Alturas)

 26 – 04 – 2011

MAPA DO DIA - Personário, XIX + EX - PARAÍSO, XIII

 10:00 - olhos sobre uma das últimas «Oficinas» - «brincadeira» de 7.º ano para «desanuviar» 10,º

- drama: um vestígio de crença (na Palavra) «aflora» no que a V. escreve, a partir das palavras de Mia, na história da «criança não mecânica» - é dela, a frase, muito sugestiva, no parágrafo-desfecho-epílogo: «tornou-se um mecânico da não palavra»

 [sem o saber, provavelmente, tem razão na Imagem da Escrita como Mecânica = harmonia de  múltiplas rodas, peças, engrenagens - ver em Álvaro de Campos, por exemplo, ou no «Chaplinesco»  «Tempos Modernos», onde, precisamente, não há palavras, só a «engrenagem descontrolada»]

 - vinda de meios «tão deprimidos», culturalmente, entenda-se, que pode um simples M. fazer?

 14:50 - Moscavide. Aldeia. Consulta com o doutor X. G.

-15:45 - Centro V. G. - permanente Feriado - R. intercepta «X» - cliente de 11.º, em D. de C. , de há 2 anos - «rodas-baixas» + perfil da Maioria - R. perguntou-lhe «por que é que desaparecera» - andava a «melhorar ou a fazer disciplina pendurada», tanto faz - disse que há «dois meses trabalhava ali, num Restaurante», mas que «já apanhara algo no estômago, devido à comida que davam ao pessoal». R., que andou 15 anos por essa «Vida Real», não se espantou, naturalmente: S., rodrigues sampaio, por 75,76,77, a ementa mais frequente era: SOPA; «ossos no forno». Mas, vinho, «à descrição»]

 «SILÊNCIO A LER» – 04 – 05 2011 - (Terceira edição da iniciativa)

 R., Menino que vive de Ler, desde menino, trouxe 3 obras, de que «leu»  1/2 página de cada:

 - Franz Kafka, Carta ao pai, tradução de João Barrento;

 - Nuno Júdice, O complexo de Sagitário, última «prosa» do autor, iniciado na  Z., entretanto interrompido, e que exige «extensiva e intensiva  disponibilidade»;

 - Mário de Carvalho, O homem do turbante verde - e outras histórias Contos, saído em Março - a referir em próxima «inserção»

Do lado dos Qd.s, só duas escolhas a relevar:

 - Gonzalo Torrente Ballester, Crónica do rei pasmado - novela histórico-satírica, trazido pela A. M. do Bloco «Y»

- Pablo Neruda, Confesso que vivi - trazido pela M. A., do bloco «Z» - só J. L.  sabia o título do «famoso filme» - «premiado» com uma apresentação oral - 

 - Nota «artística»:

a dona E. - a «Eco- AO», a do Retrato VIII - tinha aberto em cima da Mesa-Fronteira- do Piso 400 a Obra aberta, de Umberto Eco.

Brilhante.

ECO-Cardos, VII   -  08 – 05 – 2011

(repescado de quinta; corredor 400)

 (sempre em acelerado regresso à Infância -  R. andou a «fazer macacadas» pelo corredor - «vai despedido não tarda»;

tudo isso porque a «clique desenhista» do lado tinha cumprido: os Meninos traziam carrinhos, as Meninas, bonecos, as;

- (já em intervalo, M. - novo-paRAÍSO PROMETEDOR - REPETIU-LHE:- «o p. É UMA personagem» ; (não devia ser, com tanto A. por lá) (mas que é  bonito, é, o elogio, claro; então vindo de quem rezinga enquanto R., por dentro, sorri)

 Manuel da Fonseca - «A Harpa» + PERSONÁRIO, XXII  - 23 – 05- 2011

 (Foram várias as Feiras do L. , em que R. se aproximou de M. da F., pedindo-lhe autógrafos para a, então jovem, General Z. Liam-nos em conjunto. De Santiago a Odemira, nem um pulo, se calhar.) ; (R. pensa que dele possui quase tudo. Mas estarão há muito na Casa de S. A. da C.?...)

 08 – 05 – 2011 – Lisboa, I

 (aos domingos de manhã, no País de Cardoso Pires,  concilia os «mais recentes lisboetas» com os mais antigos; a eslava que grita ao telefone na vetusta cabina; a velha que não apanha  a Poia canídea; as chinesas das lojas que também já não vendem; os que dançam com as vogais, em colorido e sabor; professores solitários que tentam disfarçar o «verdete» pelas esplanadas)

 11:30 - após a «doméstica» na A. R., lá foi R. «dar andamento» ao olhar - o  Jardim Constantino foi reabilitado, numa tentativa de o «devolver às Crianças e ao Povo» - tem um quiosque e uma esplanada, que até funcionam

 - mas a visão de tanto lixo e o intenso cheiro álacre - do MJ, naturalmente, e ainda só se vai em Maio - impedem qualquer permanência mais demorada

 - Manuel  Gusmão, Poema ao sábado, IV + Personário, XXI – 30 – 04 - 2011

 (é o quarto poema da secção, no  suplemento P2, do Público;  desta vez, um inédito de Manuel Gusmão)

 (durante o Feliz biénio-triénio de 2002 a 2005, R. pôde observar M. G. - figura física muito fragilizada -, sobretudo enquanto almoçava na FAC, II; nunca lhe «chegou à fala»; passou a admirá-lo ainda mais pelo que dele dizia P. M., sua amiga; grande professor, ensaísta e poeta - superlativo em tudo;)

 (em 2006-2007, no VELHO PARAÍSO, R. teve o privilégio de ser M. de uma filha de M. G., S. G., num 12.º, de «R. P. E.», onde pontificava um leque alargado de «despachadas e desassombradas Meninas» - C. I. e A. M. subscrevem.

 Transcrição:

 Paisagem com mar


Vinda de um fundo espesso e incompreensível

a lua pulsa como um coração negro pintado

A cada pulsação avança no écran da noite

até chegar a sobrevoar a esplendente superfície do mar

que assim finalmente entra em palco

 

Um milhão de fogos cintilantes e frios iluminam 

essa cena – uma massiva queda de estrelas

que a mesma lua projecta

sobre a memória das grandes ondas oceânica

 

Há depois um daqueles instantes

em que uma veloz cadeia de coincidências antecipa

para ti a leve e inconsequente saudação da morte:

A lua transforma as vagas nuvens que por baixo dela navegam

nos cumes nevados de grandes montanhas pálidas –

pedra branca e cinza – Uma neve

que irradiasse uma neblina azulada

 

Como se a lua, ecoando a terra

nos céus imitasse uma paisagem terrestre

 

                                    Manuel Gusmão [...]

in Público, P2, 30-04-2011, p. 9

 

MAPA DO DIA + EX - PARAÍSO, XV, XVI – 27 – 05 - 2011

 - São 13: 15 - os Meninos e as Meninas estão com Mestres F. S. e E. G. Ocupados e em «excelentes  mãos CERÂMIDAS». UFFF!

 - 10: 15 - À esquina, encontro com Menina de Ourivesaria, de há três anos; vizinha do bairro, frequenta Filosofia, na Clássica. Sobrinha-neta de Arist. P., líder histórico cabo-verdiano.

 - 11: 15 - Átrio GTT.

- Dona GTT fala enlevadamente com um lindo «EX-PARAÍSO» - de fatinho e gravata, embora com marcas de muito uso; R. passou e perguntou. O Menino respondeu que «já saíra há cinco anos».

 R: «Ó Dona GTT., a falar com um Menino tão lindinho...»

 Dona G.: [Didascália. «DERRETIDA»]. Foi nosso [...]

 R.: Já indaguei. Que faz a agora?

 Dona G.: Acho que é técnico - comercial de uma empresa de Fotocopiadoras.