- reabre, sem abrir, a «3.ª Estação» do Paraíso 1920; há que recomeçar com um Conto de M. da F. e tentar não ficar só por aí; são os «textos para o Corovid 1920» («Corona» + «Covid»)
CANÇÃO DE MALTÊS
Bati à porta do monte
porque sou um deserdado.
E chovia nessa noite
como se o céu fosse um mar
entornando-se na terra.
- Quem abre a porta a desoras
morando num descampado?
E continha o rafeiro que ladrava,
na ponta do meu cajado.
Mas veio abri-la o lavrador
com a espingarda na mão,
e pôs um olhar altivo
tão no fundo dos meus olhos
que as minhas primeiras falas
foram assim naturais:
―guarde a espingarda, senhor,
sou um homem sem trabalho.
porque sou um deserdado.
E chovia nessa noite
como se o céu fosse um mar
entornando-se na terra.
- Quem abre a porta a desoras
morando num descampado?
E continha o rafeiro que ladrava,
na ponta do meu cajado.
Mas veio abri-la o lavrador
com a espingarda na mão,
e pôs um olhar altivo
tão no fundo dos meus olhos
que as minhas primeiras falas
foram assim naturais:
―guarde a espingarda, senhor,
sou um homem sem trabalho.
[...]
[incompleto; nas página 26 e 27 da Antologia...; 3.ª ed., de 83, do n.º 2 da coleção "O aprendiz de feiticeiro», com uma pintura de Armando Alves* e outra de Jorge Pinheiro**]
«Homenagem ao povo alentejano»** |
«Campos de Évora»,* |